sábado, 17 de maio de 2014

Escola Base: o escândalo da mídia podre


O caso Escola Base é um dos maiores escândalos oriundos dos desmandos de uma imprensa dita "independente", que, na verdade, é muitas vezes independente dos fatos, da verdade e da obrigação de respeitar pessoas. O caso começou no Jornal Nacional (sempre a Globo!), em março de 1994, quando os donos da escola eram acusados de molestar crianças sexualmente no horário das aulas. 

Da Globo, o caso se propagou (no velho "modus operandi" que até hoje a velha mídia adota ao "papagaiar" quase sem checar o que o colega-concorrente noticia): foi para outras emissoras como o SBT, para jornais como o Estadão e impressos do grupo Folha, além de publicações regionais por todo o país. O Notícias Populares (que era um tipo Datena impresso na época), do grupo Folha, chegou a manchetar "Kombi era motel na escolinha do sexo". A Folha da Tarde, também da Folha, anunciava que "Perua escolar carregava crianças para a orgia".

A escola era de quatro sócios. Depois das denúncias, foi depredada, assim como a casa de uma das sócias que também era professora. Todos acabaram linchados pela opinião pública, perderam a dignidade, a escola faliu e empobreceram. Ao fim das investigações, todos foram inocentados e o escândalo midiático se revelou uma farsa caluniosa, injuriosa e difamatória. 

Recentemente, morreu um dos donos da Escola Base, de problemas cardíacos que começaram justamente na época das denúncias. Para ler mais, clique aqui.

O Globo chama 13º de "desastroso"



A velha mídia nunca gostou de trabalhador. Claro, em grande parte, ela sempre foi mantida pelos velhos patrões, aqueles que odeiam direitos trabalhistas e não querem dividir com a equipe os louros da produção. 

Essa manchete de "O Globo", de 26 de abril de 1962, é um primor: o jornal diz que a aprovação, pela Câmara Federal, do 13º salário seria "desastroso para o país". Diz ainda que a medida teria cunho "meramente eleitoreiro".

A família Marinho, que comanda as Organizações Globo, um conglomerado quase monopolizante de mídia que integra jornais, rádios, TVs, sites e revistas (e afronta a própria Constituição Federal no que diz respeito à necessidade de concorrência no setor), é a mais rica do Brasil. Tem uma fortuna avaliada em 28 bilhões.

Como se vê, o 13º, em vigor desde os tempos de Vargas, não foi desastroso para o país. Nem impediu que impérios fossem construídos pelos mesmos patrões que gritavam contra a medida, porque sempre quiseram ganhar sozinhos.